por Edgar Rodrigues
Os
anarquistas tinham em seus projetos de se educar libertariamente.
Para tanto fundaram escolas dentro dos métodos da Escola Moderna
de Francisco Ferrer (Espanha), de La Ruche de Sebastião Faure
(França), formaram grupos de teatro social, populares, proferiam
conferências, publicaram jornais, revistas e opúsculos;
deram a seus filhos nomes de anarquistas mundialmente conhecidos,
não os batizavam pela igreja, e o sepultamento de seus familiares
não tinha a presença do padre, era civil.
Os
anarquistas pretendiam testar seus métodos reeducando e desbloqueando
as mentes embrutecidas por condicionamentos milenares, aplicados ao
longo de muitas gerações humanas,.
Na
Espanha, Francisco Ferrer y Guardia por fundar a Escola Moderna em
1901, esteve preso, acusado de autor intelectual do movimento grevista
com o qual nada tinha e acabou condenado á morte e fuzilado
no Castelo de Montjuich, em Barcelona.
Contrariando
os inquisidores espanhóis, as ideias de Ferrer voavam como
uma revoada de pássaros invadindo nações, atingindo
sorrateiramente as camadas mais evoluídas, intelectuais e operários,
tocando-lhes a sensibilidade, penetrando em seus cérebros.
O
proletariado português recebeu os ensinamentos de Ferrer com
entusiasmo. Pela primeira vez era-lhe apresentado um autêntico
hino de Amor e de Paz, em forma de ensino, partindo dos bancos escolares,
com explicações como estas: "Não se educa
integralmente o homem disciplinando a sua inteligência, esquecendo
seus sentimentos e desprezando sua vontade. O homem na unidade do
seu funcionamento cerebral, é complexo, tem várias facetas
fundamentais, é uma energia que vê, afeto que repele
ou recebe, concebendo voluntáriamente e tornando em actos as
leis do organismo do homem, que abre um abismo onde precisa existir,
uma saudável e bela continuidade. E sem dúvida, elemento
favorável ao divórcio entre o pensar e o sentir.
Muitos
deles serão, indubitavelmente, potentes em suas faculdades
mentais, possuindo riqueza de ideias, até compreendem a orientação
real, dentro de um conceito formoso, que prepara a ciência da
vida, do indivíduo e dos povos. Mas, com todas as suas desatenções
egoístas, e as próprias conveniências dos seus
fins... tudo isto mesclado com uma levedura de sentimentos tradicionais,
formam uma camada impermeável em volta de seus corações,
para que não se infiltrem neles ideias progressistas, e não
se convertam num jogo de sentimentos propulsores, imediato determinante
da conduta do homem".
Estas
ideias fizeram desabar sobre a cabeça de Ferrer todas as maldições
da Igreja, todo o rancor da burguesia, todo o ódio de Maura!
Em
1908, em vários pontos de Portugal, funcionavam escolas baseadas
nos métodos de Ferrer.
As
ideias de Ferrer vieram alertar professores, contagiar estudantes
e intelectuais, suscitar discussões e debates. nem todos aceitavam
integralmente suas ideias pedagógicas, mas todos foram sacudidos
por essa nova aurora! Uns contestavam, outros defendiam os métodos
da Escola Moderna. As deformações seculares e os ensinamentos
"oficiais" opunham-se á sua total aceitação,
mas atingidos e contagiados pelas ideias do professor anarquista,
muitos começaram a pedir a renovação do ensino
da escola.
Jovens
intelectuais, alinharam-se na defesa do ensino renovado e vieram colaborar
na imprensa anarquista, Deolinda Lopes Vieira, escrevendo sobre "educação
integral". E o Dr. Egas Muniz afirmando: "A Escola Moderna,
há-de ser o tipo para que hão-de tender as escolas do
futuro".
São
ainda da imprensa da primeira década do nosso século,
as linhas seguintes: "Inspirada nos princípios da Liga
Internacional de Educação Racional de Infância,
a que presidiu Ferrer, acaba de formar-se em Lisboa uma associação
que se propõe criar e manter uma ou mais escolas em Lisboa
e demais pontos do País, com base nos seguintes itens:
1º
- Organizar e pôr a funcionar qualquer escola, aula ou simples
disciplina, separadamente;
2º - A formar planos de
estudo pelo método racional, já para escolas integrais,
já para determinadas aulas ou disciplinas;
3º - A indicar ou subministrar
a qualquer escola ou indivíduo, professores ensinando pelo
referido método, que expliquem em algumas lições
durante as horas ordinárias do ensino da respectiva disciplina.
4º - A fornecer cadernos,
notas, quadros exemplificativos e orientadores do método racional
para os professores seguirem e puderem executar mais facilmente esse
método;
5º - A dar quaisquer informações
que lhe sejam pedidas acerca do método a seguir numa determinada
disciplina;
6º - E, finalmente, tendo
em vista que a educação profissional é o melhor
factor de desenvolvimento económico dos povos e a fornecer
ás associações de classe, sindicatos ou núcleos
operários, planos de cursos profissionais de qualquer indústria".
"Secretário
Geral, Raul Pires; secretário técnico, José Simões
Coelho".
As
ideias do pioneiro, do idealizador e fundador da Escola Moderna, afetavam
a "segurança do Estado", abalavam as velhas estruturas,
punham em "perigo "as mistificações da Igreja
e derrubavam a fé! E, baseadas nesses interesses mesquinhos,
o governo espanhol chamou seus escribas e ordenou-lhes que encontrassem
"meios legais" para matar Francisco Ferrer!
Em
Portugal, a exemplo de outros países, a imprensa libertária
promoveu a divulgação das ideias de Ferrer e as manifestações
de protesto contra os carrascos espanhóis, contra Dom Maura
e o governo a quem servia de olhos fechados e ouvidos entupidos!
A
VIDA, semanário anarquista do Porto, conclama os portugueses
a manifestar-se e sua voz teve eco, foi ouvida, atendida, e de norte
a sul do país, o proletariado repudiou a medida vingativa,
o gesto mesquinho e reacionário.
Em
Setúbal, os anarquistas do Núcleo Propaganda Livre,
dirigido pelos militantes Gerônimo Favas, Alexandre das Neves
e Luiz Bernardino da Associação dos Marítimos,
promovem manifestações públicas, tendo como oradores:
Bartolomeu Constantino (pelo Núcleo), Martins dos Santos (pelo
Germinal), Fernão Botto Machado, Xavier Correia, Francisco
de Souza e o republicano Paulino de Oliveira. Os oradores colocaram
em votação publica, moção de repúdio
ao governo e ao clero espanhol.
No Porto, a campanha em favor
de Ferrer foi iniciada pelos anarquistas, aderindo alguns intelectuais
e estudantes.
No
comício de 7 de Abril de 1907 falaram os seguintes oradores:
Serafim Cardoso Lucena, Jaime Cortesão, Francisco Santos, Campos
Lima, Pádua Correia, Amadeu da Silva, Leonardo Coimbra, Mem
Vidal, Vasco José Moreira, Diamantino Leite, Deolindo Castro,
Maneca Ferreira.
Ao
final foi aprovada esta breve moção:
Considerando
que o caso Ferrer e Nekeus sintetiza toda a Espanha autoritária
e jesuítica;
Considerando
que o ato de Nekeus não é senão a revelação
dum espírito superior que se coloca fora da lei para se não
colocar fora da Humanidade;
Considerando
que Ferrer praticou apenas o nefando crime de propagar uma instrução
racional e livre, e que todo o processo que lhe movem é só
uma instigação dos clericais para inutilizar a Escola
Moderna;
Os
cidadãos portugueses, reunidos em comício público,
protestam contra a inquisição espanhola, saudando nesses
dois homens a Espanha consciente e livre".
Para
os semeadores do anarquismo, o atraso do trabalhador representava
um grande mal. Mal, que principiava na pobreza económica e
terminava na pobreza de raciocínio.
Tinha
raízes muito profundas, seculares, com efeitos negativos na
formação e desenvolvimento das personalidades operárias,
no povo humilde em geral, sobre quem recaiam todas as desgraças,
inclusivé a de não saber ler.
Atrasados
intencionalmente por condicionamentos físicos e psíquicos,
tinha dificuldades em perceber as mentiras patronais e eclesiásticas,
governamentais e divinas!
Boa
parte aceitava com naturalidade a sua própria miséria
e sua ignorância.
Partindo
dessa calamidade pública, desse atraso mental transformado
em praga de efeitos anestésicos, o elemento libertário
principiou a fundar escolas livres com vistas a alfabetizar e a despertar
o raciocínio do aluno, oferecendo-lhe um Mundo Novo que não
podia conhecer, confinado como estava dentro dos estreitos limites
das convivências da burguesia reinante.
Neste
sentido, o jovem anarquista, Campos Lima, que acabava de formar-se
em Direito, após uma visita á Comuna Escolar La Ruche,
em Rambonillet, Paris (França), dirigida pelo anarquista Sebastião
Faure, funda com alguns professores, um grupo para pôr em prática,
na terra lusa, os métodos libertários de ensino. Assim
o grupo passou a usar o nome de Escola Livre de Coimbra, e esboçou
o plano de educação e solidariedade que foi publicado
nos jornais anarquistas da época, baseado nestas premissas:
A
Escola Livre, que se destina á educação de crianças
pobres, procurará evitar quanto possível os efeitos
por que o ensino gratuito é ministrado em Portugal pelo estado.
As crianças admitidas pela Escola Livre ficarão inteiramente
a cargo do grupo que se propõe criá-las, recebendo gratuitamente
não só o ensino como alimentação, vestuário
e alojamento, procurando-se sempre por cuidados que as famílias
pobres não poderiam ter, evitar o desequilíbrio entre
o seu desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento físico.
Todas as crianças além duma instrução
geral, aprenderão pelo menos um dos ofícios que mais
estejam de harmonia com as suas aptidões e robustez.".
E, concluí: "A Escola Livre, esforçar-se-á
por que cada criança fique com um conhecimento o mais completo
de si próprio e da vida em geral, habilitando-a a procurar
os meios indispensáveis á conservação
da existência: despertará em todos os sentimentos de
independência e liberdade; desenvolverá entre elas o
princípio do auxílio mútuo, base de toda a solidariedade,
e não tendo a pretensão de formar sábios, dar-nos
por satisfeita e cumpridora da missão, se conseguir formar
homens de carácter".
A iniciativa do anarquista
Campos Lima é seguida pela jovem professora Ilda Adelina Jorge,
que organizara um grupo de professoras e escritoras para fundar a
Escola Maternal, cujo plano era "receber as crianças de
ambos os sexos desde os três até aos sete anos. As mães
ao saírem de manda para as suas ocupações, aí
colocarão os seus filhos, onde, a par de uma prática
de educação, segundo o sistema Froebel, encontrarão
alimento, vestuário e em cada professora, em cada pessoa que
a dirija, uma mãe carinhosa. A noite voltarão para suas
casas. Ao completarem seis anos, passam as crianças para as
aulas anexas ás Escolas Maternais, aprendendo a ler e a escrever
pelo método de João de Deus, o imortal amigo dos pequeninos.
tendo sete anos, sairão da escola, ficando esta, sempre que
possa a protegê-las".
A
VIDA lembra que "imensa legião" vê na educação
a mais possante alavanca do progresso e regista o Núcleo de
Educação Anarquista que acabava de formar-se publicando
a "Questão Social" de Campos Lima.
A
VIDA - volta e meia trazia á discussão a educação
e o ensino visto e analisado pela ótica libertaria.
Em
Junho de 1906, artigo da responsabilidade da direção
do jornal evoca H. Spencer para dizer com ele: "Seria preciso
dizer á criança o menos possível, e fazê-la
achar o mais possível".
A
escola libertária atravessou dificuldades financeiras, inconstância
de apoio, mas assim mesmo deixou marcas inapagáveis neste final
da Monarquia.
Ainda
no final de 1909, nascia o Grémio de Educação
Racional com a participação de Adolfo Lima, Emílio
Costa, Afonso Manaças, César porto, António Lima,
Simões Coelho, António Evaristo, Araújo Pereira,
Delfim Guimarães, Jaime Sabrosa, Jorge Fernandes, Raul Pires,
Severino de Carvalho, A. Francisco dos Santos, Bernardo Sá
Viana, Bento Faria, Carlos Antunes, Jaime Cortesão, Leonardo
Coimbra, Todi Gonçalves, Garibaldi Freire, Lucinda Tavares,
cujos estatutos foram publicados na época.
O
Grémio tinha como meta maior ajudar na ramificação
de Escolas Modernas em Lisboa e arredores, o que levou adiante, apesar
das alterações que a República introduziu no
ensino a partir de 1910.
A
MANHÃ depois de se dirigir Ao Leitor saúda a todos os
professores e propagandistas, a todas as associações
e publicações periódicas que se interessam, advogam
e patrocinam a causa da educação e instrução
populares, afirmando a adesão a todas as iniciativas que tenham
por fim a completa emancipação intelectual do povo".
E
mais, entra no terreno da ortografia que os acadêmicos insistiam
em atualizar, simplificar e uniformizar a fim de eliminar o analfabetismo.
Neno Vasco começou essa campanha em 1904-1905 em S. Paulo,
Brasil, nas páginas de "O AMIGO DO POVO", continuou
em "A TERRA LIVRE", 1907-1908, adotando inclusive uma simplificação
ortográfica que "A MANHÃ" defenderia em 1909.
Engajada
nesta campanha de educação integral, Deolinda Lopes
Vieira, escreveu em A MANHÃ: "As questões pedagógicas,
pois, merecem e precisam de estudo, de desvelo e do dedicado amor
de todos os homens e de todas as mulheres.
Neste
imenso oceano de maldade e hipocrisia, de violências e injustiças,
de devassidão e de crimes em que a humanidade, a pouco e pouco,
se vai submergindo e esforçadamente se debate, a educação
da infância será, sem dúvida, a sua única
tábua de salvação.
Para
que assim aconteça, torna-se indispensável e urgente
uma profunda remodelação no ensino: uma revolução
na maneira de ensinar presentemente.
A
fim de que a educação seja útil e benéfica,
é preciso que ela vise conjuntamente o cérebro, o coração
e a saúde e vigor físico da criança, isto é,
que ela tenda a desenvolver normalmente as suas faculdades físicas,
intelectuais e morais".
E
concluia: "Eduquemos as novas gerações integral,
racional e cientificamente, e uma humanidade nova composta de organismos
robustos, de cérebros ilustrados, de corações
afetuosos, de caracteres dignos, sucederá a esta humanidade
de raquíticos, de egoístas, de seres sem dignidade e
sem energia".
Num
trabalho paralelo ao das Escolas Livres, os libertários adotavam
o Esperanto como sua língua universal, agilizavam o livre pensamento,
a formação de ateneus, grupos naturalistas e de teatro
social. Por este meio faziam propaganda de suas ideias ao vivo para
as famílias proletárias e outros, bem como instruíam,
treinavam na arte do diálogo social e ainda conseguiam recursos
financeiros para prestar solidariedade humana e publicar jornais,
revistas e brochuras anarquistas.
O
teatro social começou com os socialistas que não tardaram
a deixá-lo de lado na medida em que não rendia dividendos
eleitorais.
Ao
contrário, os acratas davam-lhe amplo apoio: formaram grupos,
escreviam peças e/ou traduziam para encenar e levar aos palcos
das associações operárias e aos salões
tradicionais.
No
emaranhado de escolas dramáticas que se formavam e desapareciam
depois da representação de algumas peças, até
ao final da Monarquia duas se destacaram: a Sociedade de Teatro Livre
e a Escola-Teatro Araújo Pereira. Estas duas agrupações
chegaram á "profissionalização" e o
último deu até aulas de arte de representar.
Para
os libertários, todos os meios honestos eram válidos
para fazer de cada indivíduo, um cidadão capaz de usar
os braços e o cérebro, autogovernar-se. Proferiam centenas
e centenas de conferências e palestras, publicaram opúsculos,
jornais, revistas, e "mobilizaram" todos os seus militantes
na sementeira anarquista.
Para
uma melhor compreensão da coerência dessa tarefa, vamos
recuar no tempo e alinhar alguns factos.
A
REVOLTA divulgou textos valiosos e A VIDA publicou em folhetim: In
Limine; Nem Deus nem Pátria, do brasileiro Benjamim Mota; Anarquia
e Comunismo, de C. Malato; Reflexões acerca do Individualismo
de A VIDA; Humanitários, de A VIDA; Propaganda e Crítica,
de A VIDA; Antes do Momento, de C. Malato; Na Sociedade Anarquista,
de A. Vida; No Café, de E. Malatesta; Autoridade e Anarquia,
de Eduardo Maio; Os Crimes de Deus, de S. Faure; e O Salariato, de
Pedro Kropotkine.
Recebeu
ainda Enciclopédia Teatral, Amor e Ouro (teatro social), de
Agostinho Guizardi; Os Esmagados (drama social), Rothem; A Humanidade,
os jornais ANTORCHA (Argentina), DESPERTAR, A OBRA, O CONSTRUTOR CIVIL,
a revista de TRABAJO, e os Boletins da Escola Moderna.
Esta
imprensa revolucionária produziu a figura do autodidata, militante
consciente e culto que tinha em sua moradia (quando a polícia
não os levava, nas constantes buscas) obras dos grandes escritores
liberais, livres pensadores, filósofos e anarquistas como:
A Conquista do Pão, de P. Kropotkine; Um Século de Espectativa,
P. Kropotkine; Evolução, Revolução e Ideal
Anarquista, Elisée Reclus; A Sociedade Futura, Jean Grave;
A Psicologia do Militar Profissional, Y. Prat; Porque Somos Anarquistas,
S. F. Merline; Minha Defesa, Etievant; Entre Camponeses, E. Malatesta;
Escravidão Antiga e Moderna, E. Areña; O Trabalho, E.
Zola; Germinal, E. Zola; Judeus Cristãos e Maometanos, Felizardo
Lima; A Religião ao Alcance de Todos, Ibarreta; Da Responsabilidade
Campos Lima; Anarquismo e Comunismo, C. Cafiero; Os Crimes de Deus,
S. Faure; Evangelho de um Seminarista, Tomás da Fonseca; O
Cristianismo e a Razão, Py y Margal; Peste Religiosa, J. Most;
Anarquia, E. Malatesta; Pátria e Internacionalismo, A. Hamon;
Determinismo e Responsabilidade, A. Hamon; Educação
e Autoridade Paternal, Gerard; Na Sociedade Anarquista, Federico Urales;
Humanidade del Porvenir, Henrique Liuria; Boletins da Escola Moderna;
O Auxílio Mútuo, P. Kropotkine; Em Volta de Uma Vida,
P. Kropotkine; A Propriedade do Socialismo, C. de L.; Um Século
de Expectativa, P. Kropotkine; Anarquia e a Igreja, E. Reclus; A Velhice
do Padre Eterno, Guerra Junqueiro; Os Sermões da Montanha e
Fátima, Tomás da Fonseca e obras de Oliveira Martins,
Alexandre Herculano, Heliodoro Salgado, Gomes Leal, Victor Hugo, José
Ingenieres, Eugen Relgis, George Nicolai, Bertand Russel, Darwin,
E. Heckel e trocava conhecimentos com companheiros do Brasil, da Espanha,
da França, da Itália, da Argentina, da Rússia
da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Alemanha, do Uruguai, do Japão
e da Bélgica.
Extraído
do livro "AN-ARQUIA: Uma visão da história do movimento
libertário em portugal"