Albert entrevista Chomsky...
Entrevista de Michael Albert
editor da revista americana Z Magazine com Noam Chomsky, liguistica
e autor de inumeros livros sobre a política externa americana.
1-
Vem acontecendo um grande movimento de tropas e extremo uso de retórica
militar, até comentários sobre derrubar governos,etc...
Ainda, para muitas pessoas parece existir uma considerável
repressão... o que aconteceu?
Desde os primeiros dias depois
do ataque, a administração Bush tem sido avisada por
líderes da OTAN, especialistas na região e provavelmente
por suas próprias agencias de inteligência (para não
falar de muitas pessoas como você e eu) que se eles reagirem
com um ataque massivo que mate muitas pessoas inocentes, os mais
fiéis seguidores de Bin Landen responderão. Eles estarão
caindo numa diabólica armadilha, como colocou o ministro
estrangeiro francês. Isto poderia acontecer - talvez até
mais então - se acontecem deles matarem Bin Laden, ainda
sem ter mostrado evidências reais de seu envolvimento nos
crimes de 11 de Setembro. Ele seria então considerado um
mártir entre a maioria dos muçulmanos que lamenta
estes crimes, como o próprio Bin Laden tem feito, com mérito,
negando qualquer envolvimento nos crimes ou mesmo de ter conhecimento
deles, e condenando "a matança de mulheres e crianças
inocentes e outros humanos" como um ato que "o Islã
proíbe estritamente ... mesmo no decorrer de uma batalha"
(BBC, 29 Setembro). Sua voz vai continuar a ressoar nas dezenas
de milhares de fitas já circulando pelo mundo muçulmano
e em muitas entrevistas, incluindo as dos últimos dias. Um
ataque que mata afegãos inocentes - não o Talibã,
mas suas vítimas aterrorizadas - seria virtualmente um chamado
por novos recrutas para a horrenda causa da rede de Bin Laden e
outras graduações de redes terroristas treinados pela
CIA e seus associados há 20 anos para lutar numa Guerra Santa
contra os Russos, seguindo entretanto sua própria agenda,
desde o tempo em que eles assassinaram o presidente do Egito, Sadat
em 1981, assassinando um dos criadores mais entusiasta dos afegãos
- na maioria das vezes elementos extremistas-radicais islâmicos
recrutados pelo mundo para lutar no Afeganistão. Depois de
pouco tempo, uma mensagem, certamente através da administração
Bush - sensatamente ponto de vista deles - escolheu seguir um curso
diferente. Seja como for - restrição - para mim é
uma palavra questionável. Em 16 de Setembro, o New York Times
noticiou que Washington pediu (do Paquistão) um corte de
provisões de combustível e a eliminação
de caminhões de comboio que fornecem comida e provisões
para a população civil do Afeganistão. Espantosamente,
aquela reportagem era concluída sem trazer a reação
do ocidente, uma rigorosa lembrança da natureza da civilização
ocidental em que líderes e comentaristas da elite querem
sustentar. Ainda outra lição, que não está
perdida entre aqueles que têm estado no errôneo final
de armas e chicotes por séculos. Nos dias seguintes, aquelas
solicitações eram implementadas.
Em 27 de Setembro, o mesmo
correspondente do NYT reportou que oficiais no Paquistão
"disseram hoje que não iriam recuar em sua decisão
para fechar a costa de 1400 milhas do país com o Afeganistão,
um movimento solicitado pela administração Bush porque
os oficiais disseram que eles queriam estar certos de que nenhum
dos homens de Bin Laden estavam se escondendo entre a enorme maré
de refugiados" (Jonh Burns, Islamabad). De acordo com o jornal
Liga do Mundo, Washington solicitou que o Paquistão massacrasse
massivos números de afegãos, milhões deles
já no limite da fome, pelo corte do alimento limitado que
estava mantendo-os vivos. Quase todas as missões retiraram
apoio ou foram expelidas sob o tratamento de bombardeios. Enormes
números de pessoas miseráveis têm fugido para
as fronteiras em pânico, depois da ameaça de Washington
de bombardear a pouca existência do que sobrou no Afeganistão,
e para converter a Aliança do Norte em uma força militar
fortemente armada que irá talvez, ser desencadeada para renovar
as atrocidades que cortam o país distante e conduzem grande
parte da população para dar as boas vindas ao Talibã
quando eles conduziram a discórdia da guerra assassina que
Washington e Moscou agora esperam explorar para seus próprios
propósitos. Quando eles alcançam as fronteiras marcadas,
refugiados são pegos para morrer em silêncio. Só
uma pequena parcela pode escapar através de passagens montanhosas
remotas. Quantos já sucumbiram, nós não podemos
imaginar, e poucos parecem se preocupar. Longe das agências
de socorro, eu não tenho visto tentativas nem mesmo de se
adivinhar. Dentro de poucas semanas, o vento severo irá chegar.
Existem alguns repórteres e trabalhadores voluntários
nos campos de refugiados nas fronteiras. O que eles descrevem é
horrivelmente suficiente, mas eles sabem, e nós sabemos,
que eles estão vendo os sortudos, os poucos que foram hábeis
para escapar - e que expressam suas esperanças que "mesmo
os cruéis americanos devem sentir alguma pena de nosso arruinado
país" e perdoam este selvagem silêncio genocida.
(Boston Globe, 27 de Setembro p.1). Talvez a descrição
mais tendenciosa tenha sido dada por um maravilhoso e corajoso Indiano
escritor e ativista, Arundhati Roy, se referindo a Operação
Justiça Infinita proclamada pela administração
Bush: "Testemunha a justiça infinita do novo século.
Civis passando fome até a morte enquanto esperam para serem
mortos". (Guardian 29 de Setembro).
2-
A ONU tem indicado que a ameaça de fome no Afeganistão
é enorme. A crítica internacional nesta contagem tem
crescido e agora os EUA e a Inglaterra estão falando sobre
a providência de ajuda alimentar para erradicar a fome. Eles
estão descartando a divergência de fato, ou apenas
aparentemente? Qual é a motivação deles? Qual
será o grau e o impacto destes esforços?
As Nações Unidas
estimam que cerca de 7 ou 8 milhões de pessoas estão
em risco de fome eminente. O NY Times deu uma pequeno nota (em 25
de Setembro) de que quase 6 milhões de afegãos dependem
de ajuda alimentar da ONU, assim como 3,5 milhões que estão
em campos de refugiados fora do país, muitos dos quais fugiram
pouco antes das fronteiras serem fechadas. A nota dizia que alguma
comida está sendo enviada aos campos através das fronteiras.
Se as pessoas em Washington e nas redações dos jornais
tivessem mesmo uma massa cinzenta funcionando, eles compreenderiam
que deveriam se apresentar como humanitários procurando prevenir
o terror da tragédia que seguiu uma vez da ameaça
de bombardeio, ataque militar e o fechamento das fronteiras que
eles solicitaram. "Especialistas ainda recomendaram que os
EUA melhorem sua imagem com o aumento da assistência aos refugiados
afegãos, assim como ajudar a reconstruir a economia"
(Christian Science Monitor 28 de Setembro) Mesmo sem as instruções
dos especialistas em relações públicas, os
oficiais da administração deveriam compreender que
eles devem enviar comida aos refugiados que cruzaram a fronteira
e no mínimo falar sobre as comidas jogadas de aviões
para pessoas famintas dentro do país: "para salvar vidas"
mas também para "ajudar no esforço de encontrar
grupos terroristas dentro do Afeganistão" (Boston Globe
27 de Setembro, citando um oficial do Pentágono que descreveu
isso como "ganhando os corações e mentes das
pessoas"). Os editores do New York Times escolheram o mesmo
tema no dia seguinte, 12 dias depois que o jornal noticiou que a
operação homicida está sendo colocada em prática.
Na escala de assistência, um pode apenas esperar que seja
enorme ou a tragédia humana deve ser imensa em poucas semanas.
Mas nós devemos também ter em mente que nada tem sido
feito para acabar com as massivas distribuições aéreas
de comida desde o começo e nós não podemos
mesmo adivinhar quantos já morreram e os que logo irão
morrer. Se o governo é consciente, existirá pelo menos
uma amostra das massivas distribuições aéreas
de alimentos que o oficiais mencionam.
3-
Instituições legais internacionais iriam provavelmente
aprovar esforços para prender Bin Laden e outros, supondo
que os culpados poderiam ser encontrados, incluindo o uso da força.
Porque os EUA evitam este recurso? Isso é só um modo
de não desejar legitimar uma aproximação que
poderia ser usada também contra nossos atos de terrorismo,
ou existem outros fatores em jogo?
Grande parte do mundo tem
pedido aos EUA para providenciar algumas evidências para ligar
Bin Laden ao crime. Se tais evidências puderem ser providenciadas,
não seria difícil coordenar um enorme apoio ao esforço
internacional em baixo da rubrica da ONU, para prender e interrogar
ele e seus colaboradores. De qualquer modo não é simples.
Mesmo se Bin Laden e sua rede estiverem envolvidos com os crimes
de 11 de Setembro, será difícil encontrar evidências
com credibilidade. Como a CIA sabe muito bem, tendo treinado estas
organizações e os monitorado bastante por quase 20
anos, eles estão espalhados, descentralizados, com estruturas
não hierárquicas, provavelmente com pouca comunicação
ou orientação direta. E por tudo o que sabemos, a
maioria dos criminosos devem ter se matado em suas terríveis
missões. Existem problemas adicionais por trás. Para
citar Roy novamente, "A resposta do Talibã aos EUA sobre
a proposta da extradição de Bin Laden tem sido moderada
de forma anormal: mostrem provas que nós o libertaremos.
A reposta do presidente Bush é que a proposta não
é negociável". Ela também adiciona uma
das muitas razões porque essa estrutura é inacessível
para Washington: "Enquanto as conversas são para a extradição
dos diretores, a Índia pode colocar de lado a solicitação
da extradição de Warren Anderson dos EUA? Ele foi
o presidente do Sindicato dos Carburetos Union Carbide, responsável
pelo escape de gás bophal que matou 16.000 pessoas em 1984.
Nós temos as provas necessárias. Está tudo
nos arquivos. Nós poderíamos tê-lo, por favor?
Tais comparações provocam nervosos ajustes nas orlas
extremistas da opinião ocidental, alguns chamados de "a
esquerda". Mas para os ocidentais, que têm retido sua
sanidade e integridade moral, e para ótimos números
entre as vítimas comuns, elas são completamente significativas.
Os líderes do governo resumidamente entendem aquilo. E o
único exemplo que Roy menciona é apenas o início,
claro, e um dos menores exemplos, não só por razão
da escala de atrocidades, mas porque não estava explícito
um crime de Estado. Suponha que o Irã fosse solicitar a extradição
de altos oficiais das administrações Carter e Regan,
recusando apresentar a ampla evidência dos crimes que eles
cometeram - e claramente existem. Ou suponha que a Nicarágua
fosse solicitar extradição do embaixador americano
da ONU, novamente apontado por ligar "guerra contra o terror",
um homem que os registros o incluem em seus serviços como
Proconsul (como ele era freqüentemente chamado) no estado virtual
de Honduras, onde ele claramente estava ciente das atrocidades do
Estado que os terroristas estavam apoiando e estava também
supervisionando a guerra terrorista para que os EUA fossem condenados
pela Corte de Justiça Internacional e o Conselho de Segurança
(numa resolução, os EUA vetaram). Ou muitos outros.
Os EUA iriam mesmo sonhar em responder a tais solicitações
apresentadas sem evidências, ou mesmo se as amplas evidências
fossem apresentadas? Aquelas portas são melhor fechadas para
a esquerda, apenas como se fosse melhor manter o silêncio
na consulta de uma figura de ligação em gerenciar
os operadores condenados ao terrorismo pelos maiores corpos internacionais
existentes - para ligar uma "guerra ao terrorismo". Jonathan
Swift iria também estar calado. Deve ser por isso que os
publicitários especialistas da administração
preferiram a usual ambigüidade do termo "guerra",
para melhor explicitar "crime" - "crime contra a
humanidade como Robert Fisk, Mary Robinson e outros têm devidamente
descrito. Existem procedimentos estabelecidos para negociar com
crimes, por mais que sejam horrendos. Eles requerem evidência,
e aderência ao princípio de que "aqueles que são
culpados por estes atos" sejam presos com uma explicação,
uma vez que as evidências sejam produzidas, mas não
os outros (Papa João Paulo, NYT em 24 de Setembro). Não,
por exemplo os números desconhecidos de pessoas miseráveis
morrendo de fome no terror, nas fronteiras fechadas, neste caso,
nós também estamos falando de crimes contra a humanidade.
4-
A guerra ao terror foi primeiro empreendida por Reagan, como um
substituto da Guerra Fria - que é como um veículo
para amedrontar o público e assim conseguir apoio para programas
contrários ao interesse público - campanhas estrangeiras,
gastos com guerra em geral, observação e assim por
diante. Agora nós estamos vendo uma tentativa maior e mais
agressiva de ir na mesma direção. O problema é
que nós somos os primeiros do mundo a atacar os civis, trazendo
complicações para transmitir através destes
esforços? O esforço pode ser sustentado sem, de fato,
ser uma guerra de tiros?
A administração
Reagan entrou no poder há 20 anos declarando que seu maior
interesse seria erradicar a praga do terrorismo internacional, um
câncer que estava destruindo a civilização.
Eles curaram a praga estabilizando uma rede de terrorismo internacional
numa escala extraordinária, com conseqüências
que são - ou deveriam ser - bem conhecidas na América
Central, no Oriente Médio, África, sudeste asiático
e em outras partes - enquanto usando estes pretextos como você
disse, colocaram em prática, programas que foram consideravelmente
danosos para a população doméstica, e mesmo
ameaçando a sobrevivência humana. Eles colocaram em
prática uma guerra de tiros? O número de corpos que
eles deixaram em sua vigília ao redor do mundo é impressionante,
mas tecnicamente, eles não puseram as armas para funcionar
usualmente, distante dos transparentes exercícios de relações,
como o bombardeio na Líbia, o primeiro crime de guerra na
história que foi colocado quase ao vivo na TV, sem pequenos
truques considerando a complexidade da operação e
a recusa dos países da Europa Continental em colaborar. A
tortura, mutilação, estupro e massacre foram colocados
em prática através de intermediários. Mesmo
se nos excluirmos o grande mas imensurável componente do
terrorismo que retrata para Estados terroristas, nossa própria
certeza incluída, a praga terrorista é muito real,
muito perigosa e verdadeiramente aterrorizante. Existem caminhos
para reagir que são provavelmente aumentar as ameaças
para nós mesmos e para os outros; existem amplos procedimentos
para métodos mais sãos e honoráveis, que nós
temos discutido antes, e não estão mais obscuros,
mas são mal discutidos. Estas são as escolhas básicas.
5-
Se o Talibã cair e Bin Laden ou alguém que eles dizem
ser o responsável for capturado ou morto, o que virá
depois? O que acontece ao Afeganistão? O que acontece mais
amplamente em outras regiões?
O plano sensato de administração
seria perseguir os programas de genocídios silenciosos em
curso, combinando com gestos humanitários para despertar
o aplauso da platéia de sempre que são chamados para
dizer os elogios dos nobres líderes comprometidos com "princípios
e valores" e ligando o mundo à "nova era"
de "fim da desumanidade". A administração
pode também tentar converter a Aliança do Norte dentro
de uma força viável, talvez para trazer outros comandantes
militares hostis à isso, como Gulbudin Hekmatyar, agora no
Irã. Presumivelmente eles irão usar comandos dos EUA
e Inglaterra para missões dentro do Afeganistão e
talvez recursos para bombardeios seletivos, mas bem diminuídos
para não responder aos seguidores de Bin Laden. Um ataque
dos EUA não deve ser comparado ao fracasso da invasão
russa dos anos 80. Os russos estavam encarando o maior exército,
de talvez 100 mil homens ou mais, organizados, treinados e pesadamente
armados pela CIA e seus associados. Os EUA estão encarando
uma ínfima força num país que já tem
sido virtualmente destruído por 20 anos de horror, para que
nos apoiemos sem uma ligeira parte de responsabilidade. As forças
do Talibã, tais como são, deviam rapidamente ter um
colapso, exceto por um pequeno centro forte. E um esperaria que
a população sobrevivente fosse acolhida a uma força
invasora, se não é visivelmente associada com gangues
assassinas que dividiam o país em pedaços antes do
Talibã assumir o controle. Neste ponto, a maioria das pessoas
iria provavelmente dar as boas vindas para Genghis Khan. O que virá
depois? Afegãos exilados e certamente alguns elementos internos
que não são parte do círculo interno do Talibã,
têm sido chamados para um esforço da ONU em estabelecer
algum tipo de governo de transição, um processo que
pode suceder em reconstruir alguma coisa viável da destruição,
se providenciava com uma assistência de reconstrução
de peso, canalizada através de fontes independentes como
a ONU ou ONG´s com credibilidade. Isso deve ser a mínima
responsabilidade daqueles que têm transformado este pobre
país numa terra de terror, desespero, corpos e vítimas
mutiladas. Aquilo poderia acontecer, mas não sem um apoio
popular de peso nas sociedades ricas e poderosas. Para o presente,
tais caminhos têm sido excluídos pela administração
Bush, que tem anunciado que não se engajará na "construção
da nação" - ou parece, um apoio que seria mais
honorável e humano: apoio de peso sem interferência,
para "construção da nação"
por outros que pudessem realmente conseguir algum sucesso na empresa.
Mas a corrente rejeição para considerar este modesto
curso não é esculpida na pedra. O que acontece em
outras regiões depende de fatores internos nas políticas
de atores estrangeiros (Os EUA dominantes entre eles, por razões
óbvias) e os caminhos problemáticos procedidos no
Afeganistão. Um dificilmente será confidente, mas
para muitas das possíveis avaliações razoáveis
de cursos podem ser sobre o resultado - e existem grandes possibilidades,
em grande parte para tentar rever em comentários sucintos.
6-
Na sua opinião, qual deve ser o papel e a prioridade dos
ativistas sociais interessados em justiça neste momento?
Deveríamos frear nossas críticas, como muitos têm
feito ou, ao contrário, é esse um momento para renovar
e ampliar esforços, não só porque é
uma crise relacionada com o que podemos nos esforçar para
ter um impacto positivo muito importante, mas também porque
grandes setores públicos estão realmente muito mais
receptivos do que usualmente para discutir a exploração,
mesmo em outros setores que são intransigentemente hostis?
Isso depende do que estes
ativistas sociais estão tentando conseguir. Se o objetivo
é aumentar o ciclo de violência e aumentar a probabilidade
de promover mais atrocidades como em 11 de setembro - e com pesar
até piores do que aqueles que o mundo todo já está
familiarizado - então eles devem certamente frear as análises
e críticas, se recusar a pensar e reduzir seu envolvimento
nos problemas muito sérios em que estão engajados.
O mesmo conselho é garantido se eles querem ajudar os elementos
mais reacionários e regressivos do sistema de poder político-econômico
para implementar planos que serão de grande dano para a população
geral aqui e em grande parte do mundo, e pode mesmo ameaçar
a sobrevivência humana. Se, ao contrário, o objetivo
dos ativistas sociais for reduzir a probabilidade de mais atrocidades
e avançar nas esperanças de liberdade, direitos humanos
e democracia, então eles devem seguir o fluxo oposto. Devem
intensificar os seus esforços para questionar fatores que
deixam para trás esses e outros crimes e se dediquem até
com mais energia para as causas justas às quais eles já
tenham se comprometidos. As oportunidades certamente estão
lá. O choque dos crimes horrendos já tem aberto até
setores da elite para a reflexão de um tipo que teria sido
difícil imaginar há pouco tempo e entre o público
geral que é mesmo o mais verdadeiro. Naturalmente, existirão
aqueles que querem obediência silenciosa. Nós esperamos
isso da ultra direita, e qualquer um com um pouco de familiaridade
com a história irá esperar de alguns intelectuais
de esquerda também, talvez de forma mais venenosa. Mas é
importante não se intimidar pelo histérico discurso
raivoso e pelas mentiras e se manter o mais próximo possível
no caminho da verdade e da honestidade para os interesses das preocupações
humanas do que um faz ou deixa de fazer. Toda verdade, mas se apoiando
na consciência.
A - I N F O S S e r v i ç
o de N o t í c i a s
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