CEPRID

O suicídio da esquerda árabe

domingo 22 de Setembro de 2013 por CEPRID

Alberto Cruz

Tradução do castelhano de PAT a Pelo Socialismo

“Às vezes as pessoas têm uma crença central muito forte. Quando estão perante provas que vão contra ela, a nova prova, a evidência, não pode ser aceite. Criar-seia uma sensação muito desconfortável, chamada dissonância cognitiva. E porque é muito importante proteger essa crença central, racionalizar-se-á, ignorar-se-á e, inclusivamente, negar-se-á aquilo que não se encaixa na crença central”. 

Frantz Fanon ("Os condenados da terra")

O Egito explodiu. Como era previsível. E a explosão varreu a esquerda árabe – ou melhor, os restos da esquerda árabe, porque esta, na realidade, suicidou-se. A situação recorda muito o filme "A Vida de Brian", dos fantásticos Monty Python: na cena final, um grupo de aguerridos – e bem armados – lutadores, acerca-se de quem o grupo considera o líder revolucionário, Brian, que está crucificado e, para o salvar... suicidam-se. Pois é isso que vem fazendo a esquerda árabe desde as tão traídas e passadas “primaveras”. Quem tenha interesse em aprofundar a tese de quem isto escreve pode recorrer a um velho artigo, que faz exatamente um ano, intitulado “Para onde foram todas as flores na ‘primavera árabe’?”1. Quem o não tenha, que evite continuar a ler e não perca mais tempo.

Se já então não tinha qualquer esperança nas revoltas, não revoluções, tão elogiadas no Ocidente por um progressismo que nunca – reitero, nunca – levou em conta a geopolítica (é evidente na Síria, mas só agora este setor "progressista" parece ter-se dado conta, quando se confronta com toda a sua crueza, depois do golpe no Egito), muito menos a tenho agora, quando se observa a deriva da esquerda árabe e a sua ação nelas. Também agora se começam a publicar críticas, de uma forma ainda tímida e até ao momento escondidas, do que faz a esquerda árabe. Tem medo de ser rotulada como simpatizante dos islamitas e, já se sabe, é difícil desembaraçar-se desses rótulos.

Mas quem tenha os olhos abertos, não é preciso a mente, tem de ver que, se a esquerda árabe começou a ser irrelevante na década de 1990, após o golpe militar na Argélia, com a posição tomada no Egito de apoio ao golpe militar, e os apelos no mesmo sentido que se estão a fazer na Tunísia só têm um futuro: o nada.

Houve muitos analistas que já se deram conta de que se pode fazer uma comparação entre o golpe de Estado na Argélia, em 1992, e o do Egito, em 2013, mas têm uma muito grande preocupação em dizer que o golpe na Argélia foi impulsionado pela União Geral dos Trabalhadores e o Partido da Vanguarda Socialista. A Frente Islâmica de Salvação ganhara as eleições na primeira volta, ia revalidar o seu triunfo na segunda e havia que evitar isso a todo custo. A UGT e o PVS não hesitaram minimamente em procurar o apoio e a colaboração dos empresários, agrupados na União dos Empresários Públicos, e dos intelectuais, agrupados na Aliança para a Cultura e a Democracia. Quando esse grande Coligação Nacional para a Salvação da Argélia tomou forma o exército deu o golpe militar. O que recordam nomes como Frente de Salvação Nacional, no Egito e na Tunísia, tanto mais quando se constata que forças a integram?

Um provérbio castelhano diz que não há pior cego do que o que não quer ver, pois o que ocorreu na Argélia é exatamente o que aconteceu no Egito. E é o caminho a que está a recorrer a esquerda na Tunísia. Com a diferença de que, no Egito, os islamitas triunfaram em várias eleições desde 2011, como realçaram alguns analistas como Esam Al-Amin, sem dúvida o mais lúcido crítico sobre o que está a acontecer no Egito2.

No entanto, escapou algo a Esam. É comovente ver como o novo ministro do Trabalho egípcio, Kamal Abu Aita, fundador da novíssima Federação Egípcia de Sindicatos Independentes e crítico feroz da repressão dos militares, quando estes proibiam as greves em nome do Conselho Supremo das Forças Armadas e encarceravam os sindicalistas nos meses pós-Mubarak, sob a acusação de "parar o ciclo de produção e prejudicar a economia", agora diga publicamente que tem de se pôr fim, de imediato, às greves e que "os heróis das greves [de então] devem tornarse heróis do trabalho e da produção". O exagero do novo ministro foi de tal calibre, que outros dirigentes sindicais da FESI vieram matizá-lo e dizer que eles não vão tão longe, limitam-se a pedir "uma suspensão de um ano" de todas as greves para permitir as reformas, pois, manter esta forma de luta operária, "só serviria a estratégia da Irmandade Muçulmana". Com mais ou menos nuances é o mesmo discurso que utilizaram outras organizações, como a Federação Sindical Egípcia (o sindicato vertical da fase Mubarak) e o Congresso Operário Egípcio.

Combatividade sindical

No Egito, a única esquerda consequente está nos sindicatos, os mais combativos do mundo árabe, apesar da repressão de Mubarak, dos militares e dos islamitas. No período pós-Mubarak e em plena repressão militar do CSFA houve 3.817 greves, mais do que as efetuadas nos últimos dez anos do governo de Mubarak. E o movimento sindical foi mais longe durante o governo da Irmandade Muçulmana, com 5.844 greves, sofrendo também uma dura repressão antissindical. A polícia levava cães e, com eles, atacava os grevistas. E agora o ministro e os sindicatos pedem que se desconvoquem estas formas de luta? A combatividade dos trabalhadores egípcios não deixa qualquer dúvida, mas a pressão exercida pelas cúpulas sindicais-políticasministeriais- comunicacionais é de tal ordem, que não será estranho ver como se começa a criminalizar aqueles que não seguem esses apelos para abandonar a luta operária, dado que uma grande parte das greves convocadas até agora se fez à margem das incipientes estruturas sindicais.

Alguém, em seu juízo, pensa que o novo governo vai mudar num ápice a política económica neoliberal de Mubarak, do período pós-Mubarak do CSFA e da Irmandade Muçulmana? Estamos a assistir a uma clara tentativa de conter o movimento operário e controlá-lo completamente. Até agora, todos os movimentos nesse sentido falharam. Mas, agora, a esquerda apela à “legitimidade” da nova situação "que foi impulsionada pela luta de massas". É o que diz, por exemplo, a Corrente Popular Egípcia (nasserista). E esse argumento, repetido à exaustão dentro e fora do país, tem muito peso.

Aqui, entra um novo debate: sariyya (legitimidade). Para a Irmandade Muçulmana está nas eleições, que ganharam; para os que apoiam os golpistas está na praça Tahrir. Claro que há mais legitimidades, mas isso não interessa nem uns nem a outros, uma vez que ambos se movem dentro do sistema. E o sistema aceita quase tudo: uma revolução nacional ou burguesa, mas não uma socialista que mude o modelo económico. Assim, quando a esquerda sai às ruas e assume o apelo dos militares para "combater o terrorismo" – que não existe – em nome da "legitimidade" da nova situação, ou está a cavar a sua própria sepultura, ou a reconhecer que nunca irá além do que o sistema quer, ou está a cimentar o seu caminho para o nada, pois o exército egípcio hoje não tem nada a ver com o do tempo de Nasser (embora o apelo para sair à rua para apoiar a sua política tenha sido feito em 26 de julho, dia da nacionalização do Canal de Suez por Nasser). Isso já é jogar com a psicologia das massas, porque, ao contrário das nacionalizações de Nasser, os novos governantes vão aprofundar as políticas neoliberais e privatizadoras impulsionadas tanto por Mubarak como pela Irmandade Muçulmana. Se houvesse alguma dúvida de que este não vai ser o caminho a seguir, nem a Arábia Saudita, nem o Qatar, nem os Emirados Árabes Unidos, nem o Kuwait, nem os EUA, nem a UE e nem o FMI se tinham prestado a ajudar o Egito com 12.000 milhões dólares, ou a oferecer o seu apoio ao golpe. Os nasseristas egípcios, tão contentes com o movimento golpista militar, parecem ignorar este dado simples.

Desde logo, quem no mundo árabe se considera de esquerda deveria ler Marx. Ler, não reler, pois é duvidoso que alguma vez o tenha feito; e, se o fez, há muito que se livrou deste tipo de livros na sua biblioteca. E deveria começar por "O 18 de Brumário de Luís Bonaparte". Os militares querem-se legitimar a si próprios e procurar essa 4 legitimação entre as massas, ligando algumas iniciativas com datas-chave da história do Egito, como a citada nacionalização do Canal de Suez. Marx explicou de forma magistral este comportamento da oligarquia política e militar, em 1852, referindo-se à França; mas o surpreendente é que a esquerda não o tenha em conta. Marx analisou a Revolução Francesa de 1848-1851; desenvolveu ainda mais o princípio fundamental do materialismo histórico, a teoria da luta de classes e da revolução proletária, a doutrina do Estado e da ditadura do proletariado; chegou pela primeira vez à conclusão de que o proletariado triunfante tem de destruir a máquina do Estado burguês. Mas, claro, a esquerda de hoje não tem o menor interesse em destruir o Estado burguês, nem no Egito, nem em quase parte nenhuma.

Talvez, apenas talvez, haja uma organização que sim, está pelo trabalho: os Socialistas Revolucionários. Como toda a esquerda saudaram entusiasticamente o golpe, mas agora parecem começar a reconsiderar, ao constatarem não só as matanças de simpatizantes da Irmandade Muçulmana, mas também a continuação das medidas repressivas contra os grevistas. Uma dirigente dos SR, e também dirigente da FESI, Fatma Ramadan, reconhece que o paternalismo dos militares é "um veneno mortal" para a classe operária e sabe o que está a acontecer: “as reivindicações dos trabalhadores são claras, trabalho para eles e seus filhos, salário justo, leis que os protejam perante os homens de negócios, planos reais de desenvolvimento, amplas liberdades, onde não haja torturas nem assassinatos; os trabalhadores não se podem deixar enganar ou pressionar com pretextos, como a luta contra o terrorismo"3.

Estas vozes, hoje claramente minoritárias dentro da esquerda, têm uma excelente oportunidade de se redimir do apoio inicial ao golpe, mudando a sua posição para com os grevistas que se recusam a ceder às pressões dos novos governantes para que desistam dos seus métodos de luta. Mais uma vez, são os trabalhadores têxteis da combativa localidade de Mahalla al-Kubra que estão na vanguarda, mantendo a greve que iniciaram em 31 de julho, contra o atraso no pagamento dos salários em duas empresas: Nasr Spinning & Weaving Company e Stia Spinning & Weaving Company. O lema que os grevistas gritavam é claro: "não deixes que o Exército te engane". No momento em que escrevo este artigo a greve cumpria uma semana. Veremos se se ganha ou se os grevistas são, como sempre, reprimidos pela polícia.

É claro que os apelos à "paz social" ocorrem porque há medo de que a situação fique sem controlo, porque, e devemos interpretar assim o golpe, o movimento de massas ultrapassava todos os planos, tanto da oligarquia egípcia – onde se situam os militares – como da chamada "intelectualidade laica e liberal" – que nunca apostou em qualquer mudança revolucionária no modelo económico – e da Arábia Saudita, Qatar ou EUA. Mesmo de Israel.

A megalomania da Irmandade Muçulmana

Porque esta é uma outra faceta que a esquerda não tem em conta: as implicações regionais do que ocorre no Egito. Qualquer análise que se faça, no Egito e em outros lugares, tem de ter em conta a situação geopolítica e não uma visão isolada. Aqueles que assim não fazem só verão a árvore, em vez da floresta.

A Irmandade Muçulmana cometeu muitos erros; mas um, fundamental, foi a tentativa de castrar, em pouco tempo, todos os setores de poder no Egito, tendo de se confrontar, ao mesmo tempo, com militares, liberais e salafistas (financiados pela Arábia Saudita). Presumivelmente, esta afirmação entende-se de imediato, ao ver como estes três setores coincidiram no apoio ao golpe, quando, aparentemente, a HM e os salafistas compartilham os mesmos interesses islâmicos. Ao mesmo tempo, a HM, apesar de ser um dos "filhos" dos interesses do Ocidente na região – de forma especial dos EUA, com quem mantinham umas excelentes relações, desde 2007 – começou a caminhar sozinha, tentando controlar toda a zona árabe onde ocorreram revoltas: Tunísia, Líbia, Egito, Líbano, Jordânia e Síria. Foi aqui que encontrou o seu primeiro obstáculo: a Arábia Saudita. Diz-se que o embaixador saudita no Cairo pressionou tudo o que podia para evitar a vitória de Morsi nas eleições de 2012, o que faz sentido, se se tiver em conta que a Arábia Saudita foi o primeiro país a saudar o golpe militar e a felicitar o presidente interino.

Alguns falaram da luta pelo poder regional entre a Arábia Saudita e o Qatar, com a primeira a apoiar os salafistas e o segundo a HM. Apesar do que se considera evidências, não é crível que um pequeno estado, com menos de dois milhões de habitantes, se envolva numa luta de poder regional, que sabia de antemão perdida. Se é verdade que, entre os dois países, tem havido fricções pelo controle da exploração de gás na área, por exemplo, para quem isto escreve o Qatar mais não foi do que o peão da avançada dos sauditas, enquanto se dirimia a luta pelo poder dentro do próprio regime saudita, governado por uma gerontocracia que o paralisou durante todo o tempo em que o rei Abdullah esteve doente. O Qatar aproveitou essa inatividade na política externa saudita para se mover um pouco por conta própria, mas, na realidade, não havia grandes diferenças entre os interesses de uns e de outros sobre a tutela das revoltas. O Qatar fazia o papel de polícia bom e a Arábia Saudita de polícia mau. De facto, os dois apressaram-se a enviar dinheiro ao Egito para apoiar o novo governo e é significativo que a primeira visita a um país estrangeiro do novo emir do Qatar, seguindo a tradição do seu pai, tenha sido à Arábia Saudita. Tudo está em ordem no Golfo. O verdadeiro conflito de poder no Médio Oriente deu-se entre a Arábia Saudita e a Turquia, os dois países que emergiram como potências regionais no início das revoltas e após a constatação da perda de influência dos EUA na região. É muito significativo que a HM elegesse Istambul como sede da reunião secreta que efetuou logo que ocorreu o golpe militar que os desalojou do poder no Egito4 e na qual se acordou a estratégia a desenvolver perante a nova situação. Não era uma questão deproximidade, mas de apadrinhamento É também significativo que a Turquia tenha condenado o golpe de Estado, enquanto que, como já foi dito, os sauditas o apoiaram.

No entanto, a Turquia está agora a atravessar graves dificuldades, tanto internas (os protestos e o acordo com os curdos do PKK), como externas (os curdos sírios e a sua anunciada decisão de proclamar, em agosto, uma autonomia no norte da Síria), o que a torna mais fraca nesta luta pelo poder regional. Já não é o jogador explosivo que era há dois anos (Erdogan foi o primeiro dirigente muçulmano a visitar a Líbia após a derrube de Gaddafi, o mesmo aconteceu na Tunísia e também foi um dos primeiros a visitar o Cairo depois da queda de Mubarak), ainda que não tenha perdido toda a força que tinha. Este é o momento que a Arábia Saudita aproveitou, não só no Egito, mas também na Síria, impondo o seu candidato nas fileiras dos chamados "rebeldes".

Enquanto a Arábia Saudita e o Qatar se uniram e confluíram na estratégia sectária contra os xiitas, a Turquia foi mais cuidadosa nesse aspeto, dadas as suas boas relações com o Irão. Não podemos esquecer que, embora a Turquia tenha sido uma das potências impulsionadoras da guerra na Síria, procurou canalizar o seu apoio político e militar às forças menos sectárias, exatamente o oposto do que fizeram os outros dois países, como acaba de reconhecer a ONU, ao afirmar que "60% das armas que a Arábia Saudita entregou à oposição síria foi parar às mãos de organizações ligadas à Al-Qaeda"5.

Também não deveria surpreender que os militares egípcios – com a aprovação ou não do governo interino –, tenham encerrado a passagem fronteiriça de Rafah, a única via de escape dos habitantes de Gaza para furar o bloqueio de Israel, ou que tenham fechado 80 % dos túneis que davam alguma vida à empobrecida população de Gaza6, ou que uma das acusações que Morsi enfrenta seja a dos seus vínculos com o Hamas. Morsi tinha mudado um pouco, só um pouco, no que respeita à relação com Israel, mas isso foi considerado como uma ameaça intolerável ao status quo regional. O acordo de paz com Israel, estratégico para os EUA, tinha de manter-se a qualquer custo, incluindo o de um golpe de Estado.

Entre a ilusão e a ingenuidade

E a esquerda egípcia, neste como noutros temas, olha para outro lado, quando não cria vãs ilusões sobre um "nacionalismo conservador anti-imperialista" dos militares, o que foi repetido, como um mantra, por uma parte significativa da esquerda ocidental. Inclusivamente, distintos marxistas como Samir Amin qualificaram o exército egípcio como "uma força de classe neutral", talvez influenciado pela saída de muita gente às praças – certamente não 32 milhões, como se disse, numa estranha coincidência, tanto nos meios de esquerda como nos da burguesia – numa espécie de loucura temporária que Frantz Fanon (outro autor que deveria ser lido) chamaria dissonância cognitiva, como se refere na citação inicial deste artigo.

Porém, não se pode mais ser ingénuo. A burguesia usurpou todos os símbolos da esquerda, começando pela linguagem. Ou melhor, a esquerda entregou-se, com armas e bagagens, à burguesia. Isto levou ao seu suicídio. Não é exagerado dizer que a esquerda árabe caminha para o nada. Em nenhum lugar do mundo árabe houve revolução alguma e o simples facto de se admitir que o que está a ocorrer é uma "revolução" supõe uma desrradicalização das lutas e que, a partir de agora, são sempre feitas dentro dos limites do sistema. Um processo revolucionário envolve a transformação de todos – repito, todos – os aspetos da sociedade e não apenas das relações interpessoais: do aparelho do Estado e das relações económicas e de produção, para acabar com todas as formas de opressão.

Notas

1 Alberto Cruz, "Para onde foram todas as flores na Primavera Árabe ?”

2 Esam Al-Amin, "A grande fraude: Reflexões sobre o golpe militar do Egito". Devemos agradecer o excelente trabalho da tradutora Sinfo Fernández, em assuntos árabes.

3 Al-Manshour, 26 de julho de 2013, em árabe

4 Convite Islâmico da Turquia, 15 de julho de 2013.

5 Al-Akhbar (Líbano), 02 de agosto de 2013.

6 Al-Masri Al-Yawm (Egipto), 15 de julho de 2013. Devemos acrescentar que também Morsi fechou, inundando-os com águas dos esgotos, cerca de 10% dos túneis, numa tentativa de captar as boas graças tanto de Israel como dos EUA. Se estes números são exatos, isso indica que Morsi e os militares que o depuseram, com o apoio da esquerda, destruíram 90% dos túneis que levam alguma vida a Gaza para aliviar o bloqueio israelense.


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